no velório de dubledore, harry percebe a falta que o diretor fará

ㅤㅤUm homenzinho com os cabelos em tufos e simples vestes pretas se erguera e agora estava parado diante do corpo de Dumbledore. Harry não conseguia distinguir o que ele dizia. Chegavam-lhe palavras estranhas por cima das centenas de cabeças. "Nobreza de espírito... contribuição intelectual... grandeza de coração..." não significavam muita coisa. Não tinham muito a ver com o Dumbledore que Harry conhecera. De repente, o garoto se lembrou da versão de Dumbledore de algumas palavras: "pateta", "esquisitice", "choramingas" e "beliscão", e mais uma vez ele precisou reprimir o riso... que estava acontecendo com ele?
ㅤㅤHouve um ruído de água revolvida à esquerda, e ele viu que os sereianos tinham vindo à tona para ouvir, também. Harry se lembrou de Dumbledore agachando à beira do lago dois anos antes, muito próximo do lugar em que Harry estava sentado, conversando em serêiaco com a líder desse povo. Harry se perguntou onde Dumbledore teria aprendido aquela língua. Havia tanta coisa que nunca perguntara, tanta coisa que deveria ter dito...
ㅤㅤE, então, subitamente, a terrível verdade o devassou, mais completa e inegavelmente do que até aquele momento. Dumbledore estava morto, partira... ele apertou o medalhão com tanta força que doeu, mas não pôde impedir que lágrimas quentes saltassem dos seus olhos [...]
Harry Potter e o Enigma do Principe Capítulo trinta; O túmulo branco Página 465